28 de julho de 2012

Um dia você acorda e...


imagem da web

Um dia você acorda e põe aquela calça jeans que você não colocava há alguns dias - e por alguma razão ela não te serve.
Ou, um dia você revela uma fotografia sua e leva um susto: “Quem é essa pessoa gordinha que está na foto? 
Eu não posso acreditar que seja eu! Eu não sou assim!”
Você passa, então, a se esconder. Se esconder das outras pessoas e se esconder de si própria. 
Sim, você põe aquela blusa mais folgada, compra uma calça 42/44 de lycra escura, se olha no espelho encolhe a barriga. E quase acredita que você é uma pessoa normal, uma pessoa que não está acima do peso. 
Não que seja anormal ser acima do peso, mas não é o que a sociedade espera de você.
E você diz: “Não, eu não me importo com esses padrões impostos pela mídia, eu sou linda assim. Eu nem sou muito gorda.” - e encolhe a barriga ao dizer isso.
E um dia você vê uma foto sua, sem ter feito pose. Sem a barriga encolhida e você percebe que provavelmente você não se lembra de encolher a barriga o tempo todo. 

E você nota que as pessoas, estão vendo que você não está magra.
E você passa a culpar os “2 kilinhos a mais” por tudo na sua vida. Se você é estudante, culpa o seu peso por você ser a última a ser escolhida para o time das meninas. 

Se você está desempregada, você culpa o excesso de peso por não ser chamada após as entrevistas. 
Se você é solteira, culpa o sobrepeso por estar “encalhada”. Sim, as suas amigas magras e “loiras”, estão namorando, estão se casando. E você, você está encalhada. E você, pensa quem vai dar bola para uma gorda? 
E aí, você chora você come um tablete de chocolate, você devora a geladeira inteira, você não dorme à noite e você passa a ter pena de si mesma.


Aí, um dia você resolve começar aquele regime na segunda-feira: dieta da sopa, dieta da usp, dieta da lua e etc. 

E o regime não chega nem na sexta-feira. Um dia você resolve caminhar, mas desiste antes mesmo de trocar de roupa e colocar o tênis.
E pensa: “Magra? Quem se importa em ser magra? Isso é besteira.”


Mas antes fosse assim, antes você pensasse assim e conseguisse ser feliz, se aceitar e se perdoar por ser “gordinha.”
Um dia você percebe que quem impede a sua felicidade é você mesma, é o seu complexo. 

As pessoas talvez não sejam tão más, tão metidas, tão inquisidoras. É você que se fecha e as desencoraja a chegar perto de você.
Aí você resolve ir ao cabeleireiro, comprar roupas novas, mas ainda falta alguma coisa. Sim, falta o seu corpo. 

Você finalmente, admite que você se importa sim com uma boa forma. Você resolve dar o braço a torcer pelas magras. E admite: “Sim, eu quero ser magra! Sim, para mim isso não é bobagem. Eu realmente me importo com a aparência. 
Dane-se esse discurso que o que importa é a beleza interior. Isso pode ser verdade, mas eu não sou feliz assim. 
Até por que eu tenho tanto medo de ser rejeitada que eu nem mostro mesmo a minha beleza interna.”
Então, agora que você está resolvida. Agora vai! 




Você escolhe uma dieta, você escolhe alguns exercícios. Ou então, você vai ao médico, a nutricionista (você já viu “o nutricionista?”, eu ainda não…). Você vai ao supermercado compra coisas light, compra roupas de ginástica, passa a ficar vidrada por balança. Você não pode ver uma que você já sobe em cima. De tanto subir, vc emagrece 1 kg só desse “step”, mas subir tanto na balança não é bom. Cada dia dá um peso diferente e você fica piradinha com isso. Mas você, não desiste.
Você tropeça você cai, você enfia o pé na jaca, mas você não desiste. Está sempre disposta a começar de novo.
Um dia você vai àquela loja baratinha, onde não tem provador e compra tudo G. Aí você chega em casa e vê que tudo ficou largo. E você não entende. 
Você não sabe mais que tamanho de roupa você usa. Então, você resolve ir numa loja mais cara “só para experimentar as roupas”, e você cabe em roupa M, cabe até em algumas P. Aquela calça 38 te serve não todas as 38, mas algumas delas. A calça 40 fica larga. E você não entende bem: “Será que eu uso 39?”
E você acaba comprando todas as roupas, até se endivida, mas você pensa: “Vale à pena! Usar uma calça 38 vale a pena!”
É a sociedade é preconceituosa sim, é cruel ás vezes. Mas você era muito mais cruel consigo mesma, porque você se importava com isso. 
Você deixava que as pessoas a chamassem de gorda. Você se deixava ser gorda. Você se fechava por isso. Talvez as pessoas nem fossem preconceituosas, mas elas percebiam que o seu ponto fraco era esse e apelavam para isso quando queriam te ferir.
Você não permitia que o príncipe encantado a despertasse do sono profundo em que se encontrava. Era você que não queria acordar, era você que se bloqueava, era você que impedia a sua felicidade.

E finalmente, depois de alguns meses de piração total, você um dia vê uma foto sua e você pensa: “Quem é essa moça magra na foto? Será que tiraram foto da pessoa errada? Não pode ser essa pessoa se parece comigo, mas esse corpo não é meu!”
E você sente uma enorme dificuldade em associar a sua nova imagem, com a imagem antiga que você tinha de si mesma. Você olha para baixo e enxerga uma pessoa enorme. 

Você se olha de lado no espelho e vê uma pessoa magra. Você se olha refletida num automóvel e se vê disforme, toda redonda e pensa: “Essa sim, sou eu.” 
Depois, você passa ao lado de uma vitrine e vê um reflexo magro e pensa: “Essa não sou eu.”
E você vai ao cabeleireiro de novo, ou faz em casa mesmo, e se sente toda poderosa. E você veste a calça 38, a blusa P ou M (depende do modelo) e sai na rua. E parece que você está andando em câmera lenta. 

Você se sente a Gisele Bundchen, seu cabelo até balança ao vento. 
E você escuta: “Fiu, fiu.” E você sente vergonha, nem gosta muito, mas pelo menos é melhor do que passar despercebida ou ser ponto de referência: “Você tá vendo aquela gorda ali? Você vira lá na esquina em que ela está.”
Mas o importante é que você está encontrando o seu caminho. 

E você não quer mais andar para trás. Talvez você não esteja acostumada a comprar roupas menores, talvez você ainda não se enxergue mais magra. Mas o importante é que você começou a mudança. 
E começar, já é a metade de todas as ações.


autor desconhecido



16 comentários:

  1. Uau... que texto fabuloso, querida, Liz.

    Me vi muito em muitas partes. Realmente, eu não me vi engordando. Quando me dei conta, estava imensa e o despertar foi através de uma fotografia mesmo.

    Ainda não consigo reparar que eliminei 15 quilos. Minhas roupas sim! Mas é estranho essa coisa de se olhar e não ver, né?

    Mesmo fazendo os exercícios de auto-imagem, é difícil. Enfim, parabéns pelo texto e siga firme. Continuemos na luta, porque vale a pena! :)

    Bjs.

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  2. Amei o seu texto muito profunfo mesmo...parabens...bjos.

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  3. Caramba... adorei esse texto.. sério de verdade... me tocou profundamente..
    me sinto assim muitas muitas vezes..
    e foi assim q eu comecei, depois de tentar milhoes e zilhoes de dietas um dia resolvi fazer o blog e voilá.. to conseguindo.. o apaio de todas as bloguers, tais como esse texto que acabei de ler me incetivam bastante. Vc escreve muito bem , parabens!
    www.belaguerreira.blogspot.com.br

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  4. Oi Elizandra,

    Você usou a tag "Minha História" e eu tenho que te dizer que também é a minha. num passado distante... Hoje eu acabei engordando tudo e mais um pouco.. Mas, vou lutar para não ser mais assim e pela minha saúde! E quando for magra, farei e pensarei bem diferente do que da primeira vez (:
    Obrigada por postar esse texto tão refletivo!
    Beijo.

    www.euvouderimel.blogspot.com.br

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  5. que post mias motivador, é isso mesmo devemos lutar e buscar um peso normal, ajuda na saúde, na auto estima e ficamos mais contente em nos ver no espelho e gostar do que vê.

    Aqui me sinto mesmo uma Gisele Bundchen, memso não tendo aquele corpicho, mas muito satisfeita com o que conquistei com muito esforço.

    Vamos ficar mais gatas, mais enxutas e nos preparar para receber muitos elogios.

    Bjs

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  6. Nossa, simplesmente amei o texto!
    Quero passar pelos últimos momentos que ela passou... kkkkk
    Vamos para a mudança JÁÁÁÁÁ!!!!
    bEIJOS LINDINHA

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  7. Cada palavra é verdadeira.
    As pessoas até tentam se convencer que não se importam, mas lá no fundo toda mulher quer ser magra.
    Não digo magrela, corpo de modelo, mas pelo menos gostaria de não ser gorda.
    Que vantagens existem em ser gorda?
    Porque alguém iria querer isso?
    Pra ter um assento especial no ônibus? Ah, fala sério!
    Me irrita muito essas pessoas sem força de vontade fazerem campanha contra a magreza.
    É preciso sim tomar uma atitude, apenas querer nunca realizou o sonho de ninguém.
    Beijosss

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  8. caramba vc escreve muito..!!
    gostei muito do texto
    te seguindo..

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  9. Amei o texto, me vi em quase todas as situações. Obrigada por compartilhar.

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  10. nossa, me vi muito nesse texto
    hora de mudar
    beijos

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  11. Sou eu!!!! Impressionante!!!
    bjokas lindeza e seguindooo

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  12. Oi Elizandra,
    Amei o texto!!! Depois que tive CA eu vivo na luta para não ganhar peso, pois o remédio que tomo engorda. Passei a me impor restrições alimentares, só como doces nos finais de semana. Muita gente não entende pq tanta luta, pois para mim deveria bastar estar viva, afinal me livrei de boa! Mas para mim não basta e eu prefiro me preocupar com o peso do que ficar me desesperando com o CA e todas as perdas que ele me impôs. Mas esta doença não vai me fazer gorda! Não vai mesmo! Estou na luta e continuo vaidosa.
    Vou compartilhar este post no meu FB.
    Tenha uma ótima semana!
    xoxo

    SORTEIO DOS SONHOS!(último dia de inscrição)
    http://www.gosto-disto.com/2012/07/sorteio-dos-sonhos-dreams-giveway.html

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  13. Oi Elizandra!
    No inicio da historia, principalmente, parece que estava falando de mim!
    Gostei mesmo...temos que tomar atitude para nosso bem estar.

    Bj e otima semana

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  14. nossa amiga amei seu texto eu estou me sintindo assim um lixo tanta na gordura , como na depressao , nossa estou me sentindo horrivel se nao fosse minhas netas estarem aqui acho que nem sairia da cma , sabe quando vc esta no fundo do poço , ai amiga nao sei mais o que faxzer da vida tenho 58 anos sozinha e sem vontade de nada quando vejo o que vc faz eu me acho uma inutil, que DEUS te abençoe muito ,acho que minha depre voltou a toda mais quem sabe um dia tomo coragem e saio desssa bjs e parabensssssssss
    zilda regina mineira de BH
    oliveiraalvespinto53@gmail.com

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  15. Pode chorar com esse texto? Parece que esse "autor desconhecido" escreveu esse texto porque conheceu a minha história, o início, o meio e o estágio atual de eu conseguir usar uma blusa PP e uma roupa tamanho 38.

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